
África supera crescimento do FMI
África Subsariana segura previsão de crescimento do FMI
Nos EUA, a queda do poder de compra e o aperto da política monetária fez cair o crescimento, na China foram os novos lockdowns e o aprofundamento da crise imobiliária e na zona Euro é a guerra na Ucrânia. Os três blocos económicos precipitaram o crescimento mundial. África Subsariana escapa e mantém previsão de Abril.
O FMI baixou em Julho as previsões de crescimento mundial, para 3,2%, menos 0,4 pontos percentuais (pp) do que em Abril, com a desaceleração do crescimento nas três maiores economias e com a inflação a ser a « grande fonte de preocupação ». África Subsariana é o único bloco que não sofre oscilações. As previsões mantêm-se nos 3,8%, enquanto as perspetivas para América Latina e Caraíbas (3,0%) e para o Médio Oriente e Ásia Central (4,8%) sobem, fixando-se acima do previsto em Abril.
No seu Outlook de Julho, o FMI não adoça as palavras. O Fundo Monetário Internacional antecipa « perspetivas sombrias e mais incertas » para a economia mundial, « ainda às voltas com a pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia », notando que muitos dos riscos negativos apontados em Abril começaram a concretizar-se.
« Uma inflação mais alta do que previsto, sobretudo nos EUA e nas principais economias europeias, está a provocar um aperto das condições financeiras mundiais. A desaceleração da economia chinesa tem sido pior do que previsto, no meio de surtos de Covid-19 e lockdowns, e a guerra na Ucrânia gerou novas repercussões negativas. Como resultado, o produto mundial contraiu-se no II trimestre deste ano », resume o FMI, que corrige, em alta, as previsões de crescimento para a Rússia. Em vez de contrair 8,6%, conforme a previsão de Abril, a economia russa surge com previsão de crescimento de -6,0%, revelando um impacto menor das sanções económicas do que previsto inicialmente.
Nas previsões de Julho, o crescimento mundial cai para metade, passando de 6,1% em 2021 para 3,2% este ano e 2,9% em 2023, um recuo de 0,4 e 0,7 pp em relação a Abril. Isto reflete a « estagnação do crescimento nas três maiores economias do mundo – EUA, China e a zona do euro – com importantes consequências para as perspetivas mundiais ».
Fonte: Expansão